terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fotografia: Equipamentos

 Câmera

A fotografia se estabiliza como processo industrial no século XX articulando uma câmera ou câmara escura, como dispositivo formador da imagem e um modo de gravação da imagem luminosa – uma superfície fotossensível, que pode ser filme fotográfico, o papel fotográfico ou, no caso da fotografia digital, um sensor digital CCD/CMOS que transforma a luz em um mapa de impulsos elétricos, que serão armazenados como informação em um cartão digital de armazenamento. Nesse processo fica evidente a relação entre a fotografia e seus processos análogos. Por exemplo, a fotocópia ou máquina xerográfica, forma imagens permanentes, mas usa a transferência de cargas elétricas estáticas no lugar do filme fotográfico. Disso provém o termo eletrofotografia. Na raiografia, divulgada por Man Rayem 1922, imagens são produzidas pelas sombras de objetos no papel fotográfico, sem o uso de câmera. E podem-se colocar objetos diretamente do digitalizador (scanner) para produzir figuras electronicamente.
Fotógrafos controlam a câmera ao expor o material fotosensível à luz, o que se altera qualitativa e quantitativamente segundo as possibilidades de cada aparelho. Os controles são geralmente inter-relacionados. Por exemplo, a exposição varia segundo a abertura (que determina a quantidade de luz) multiplicado pela velocidade do obturador (que determina um tempo de exposição), o que varia o tom da foto, a profundidade de campo fotográfico e o grau de corte temporal do modelo fotografado. Diferentes distâncias focais das lentes permitem variar a conformação da profundidade da imagem, bem como seu ângulo.
Os controles das câmeras podem incluir:

Objetiva


Para entender um pouco de objetivas, uma de 24mm equivale a um campo de visão de 75 graus, e uma objetiva de 300mm equivale a um campo de visão de 12 graus. Com a lente olho de peixe de 6mm, 8mm ou 12mm, o fotógrafo inclui um campo de visão de mais de 190 graus. Uma 500mm (aquelas que se vêem em jogos de futebol, por exemplo) consegue fotografar só o guarda-redes do outro lado do campo de futebol. Ou seja, as lentes com valores inferiores a 50mm são consideradas grandes angulares, e com valores acima de 150mm são consideradas teleobjetivas.
A relação que se tem para se considerar uma objetiva como grande angular ou teleobjetivas, vem da comparação do tamanho da objetiva com a diagonal do filme utilizado. As objetivas em torno de 43 mm são consideradas normais, por possibilitarem na área do filme uma imagem com as características e um campo de visão semelhante ao olho humano.

Superfície fotossensível

Entre 2006 e 2007, as vendas de câmeras fotográficas digitais cresceram 5% nos EUA, enquanto as de câmeras com filme caíram em mesma quantidade. A despeito do irreversível e crescente domínio da imagem digital no mundo da fotografia, o filme fotográfico ainda ocupa, por variados motivos, um espaço cativo no trabalho de muitos profissionais e aficcionados que promete a essa mídia uma sobrevida assegurada de vários anos.

Fotografia: Processos fotográficos



Fotografia em preto e branco

A fotografia nasceu em preto e branco, mais precisamente como o preto sobre o branco, no início do século XIX.
Desde as primeiras formas de fotografia que se popularizaram, como o daguerreótipo - aproximadamente na década de 1823 - até aos filmes preto e branco atuais, houve muita evolução técnica e diminuição dos custos.
Os filmes atuais têm uma grande gama de tonalidade, superior até mesmo aos coloridos, resultando em fotos muito ricas em detalhes.
Por isso, as fotos feitas com filmes PB são superiores as fotos coloridas convertidas em PB.


Meio tom

As fotografias em preto e branco destacam-se pela riqueza de tonalidades; a fotografia colorida não tem o mesmo alcance dinâmico.
Na fotografia P&B se costuma utilizar a luz e a sombra de forma mais proeminente para criar efeitos estéticos -­ há quem prefira fotografar apenas em filme preto e branco, mesmo com a maior facilidade e menor custo do equipamento digital. Os sensores das câmeras digitais ainda possuem alcance dinâmico muito menor do que a fotografia P&B e mesmo da colorida, estando mais próximo do slide.

Fotografia colorida

fotografia colorida foi explorada durante o século XIX e os experimentos iniciais em cores não puderam fixar a fotografia, nem prevenir a cor de enfraquecimento. Durante a metade daquele século as emulsões disponíveis ainda não eram totalmente capazes de serem sensibilizadas pela cor verde ou pela vermelha - a total sensibilidade a cor vermelha só foi obtida com êxito total no começo do século XX. A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861 pelo físicoJames Clerk Maxwell. O primeiro filme colorido, o Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos de extrato de batata.
O primeiro filme colorido moderno, o Kodachrome, foi introduzido em 1935 baseado em três emulsões coloridas. A maioria dos filmes coloridos modernos, exceto o Kodachrome, são baseados na tecnologia desenvolvida pela Agfa-color em1936. O filme colorido instantâneo foi introduzido pela Polaroid em 1963.
A fotografia colorida pode formar imagens como uma transparência positiva, planejada para uso emprojetor de slides (diapositivos) ou em negativos coloridos, planejado para uso de ampliações coloridas positivas em papel de revestimento especial. O último é atualmente a forma mais comum de filme fotográfico colorido (não digital), devido à introdução do equipamento de foto impressão automático.

Fotografia digital

Fotografia digital é a fotografia tirada com uma câmera digital ou determinados modelos de telefone celular, resultando em um arquivo de computador que pode ser editado, impresso, enviado por e-mail ou armazenado em websites ou CD-ROMs.
A fotografia tradicional era um fardo considerável para os fotógrafos que trabalhavam em localidades distantes - como correspondentes de órgãos de imprensa - sem acesso às instalações de produção. Com o aumento da competição com a televisão, houve um aumento na urgência para se transferir imagens aos jornais mais rapidamente.
O sensor de CCD que substitui o filme nas câmeras digitais.
Fotógrafos em localidades remotas carregariam um minilaboratório fotográfico com eles, e alguns meios de transmitir suas imagens pela linha telefônica. Em 1990, a Kodak lançou o DCS 100, a primeira câmera digital comercialmente disponível. Seu custo impediu o uso emfotojornalismo e em aplicações profissionais, mas a fotografia digital surgiu neste momento.
Em 10 anos, as câmeras digitais se tornaram produtos de consumo, e estão, de modo irreversível, substituindo gradualmente suas equivalentes tradicionais em muitas aplicações, pois o preço dos componentes eletrônicos cai e a qualidade da imagem melhora.
A Kodak anunciou em janeiro de 2004 o fim da produção da câmeras reutilizáveis de 35 milímetros após o término daquele ano. Entretanto, a fotografia "líquida" irá perdurar, pois os amadores dedicados e artistas qualificados preservam o uso de materiais e técnicas tradicionais.

Funcionamento

Na fotografia digital, a luz sensibiliza um sensor, chamado de CCD ou CMOS, que por sua vez converte a luz em um código eletrônico digital, uma matriz de números digitais (quadro com o valor das cores de todos os pixels da imagem), que será armazenado em um cartão de memória. Tipicamente, o conteúdo desta memória será mais tarde transferido para um computador. Já é possível também transferir os dados diretamente para uma impressora gerar uma imagem em papel, sem o uso de um computador. Uma vez transferida para fora do cartão de memória, este poderá ser apagado e reutilizado.


Revelação de fotos online

Revelação de fotos online é o nome vulgarmente dado ao procedimento de envio eletrônico de arquivos digitais de imagens para processamento e produção de cópias impressas por empresas especializadas. O termo não é tecnicamente correto, porque este processo dispensa justamente a etapa tradicionalmente conhecida como revelação fotográfica, porém, tem sido largamente incorporado ao vocabulário popular.


Álbuns virtuais

Com a popularização da fotografia digital, surgiram páginas da Internet especializadas em armazenar fotografias. Desse modo, suas imagens podem ser vistas por qualquer pessoa do planeta que acesse a rede. Elas ficam organizadas por pastas e podem ser separadas por assuntos a livre escolha.
Os álbuns virtuais podem ser usados com vários propósitos, abaixo estão listados alguns exemplos destes:
  • Portfólio: Muito usado por fotógrafos amadores/profissionais para mostrarem seus trabalhos.
  • Armazenamento: Quem não deseja ocupar espaço em seu HD pode usar o álbum para armazenar suas fotografias.
  • Negócios: Outros usam os álbuns para vender seus trabalhos fotográficos.

Fotografia: História


A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítricoprata e gesso em 1724, determinou que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betumeda Judéia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade.
Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu apatente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o Impressionismo.

Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.
O britânico William Fox Talbot, que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus trabalhos àRoyal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominadocalotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.

Imagem da primeira fotografia colorida da história, tirada por James Clerk Maxwell em 1861.
No Brasil, o Francês radicado em CampinasSão PauloHércules Florence conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos.Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou"Photographie" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época. Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976 por Boris Kossoy.
A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um discurso de marketing onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotografos profissionais com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis criados por George Eastman.
Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.
A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.[15]

Fografia: Definição


palavra Fotografia vem do grego φως [fós] ("luz"), e γραφις [grafis] ("estilo", "pincel") ou γραφη grafê, e significa "desenhar com luz e contraste"..
Por definição,fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, fixando esta em uma superfície sensível. A primeira fotografia reconhecida remonta ao ano de 1826 e é atribuída ao francês Joseph Nicéphore Niépce. Contudo, a invenção da fotografia não é obra de um só autor, mas um processo de acúmulo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando juntas ou em paralelo ao longo de muitos anos. Se por um lado os princípios fundamentais da fotografia se estabeleceram há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, por outro, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, agilização das etapas do processo de produção e a redução de custos, popularizando o uso da fotografia.
Atualmente, a introdução da tecnologia digital tem modificado drasticamente os paradigmas que norteiam o mundo da fotografia. Os equipamentos, ao mesmo tempo que são oferecidos a preços cada vez menores, disponibilizam ao usuário médio recursos cada vez mais sofisticados, assim como maior qualidade de imagem e facilidade de uso. A simplificação dos processos de captação, armazenagem, impressão e reprodução de imagens proporcionados intrinsecamente pelo ambiente digital, aliada à facilidade de integração com os recursos da informática, como organização em álbuns, incorporação de imagens em documentos e distribuição via Internet, têm ampliado e democratizado o uso da imagem fotográfica nas mais diversas aplicações. A incorporação da câmera fotográfica aos aparelhos de telefonia móvel têm definitivamente levado a fotografia ao cotidiano particular do indivíduo.
Dessa forma, a fotografia, à medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal, deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, o já amplo espectro de significado da experiência de se conservar um momento em uma imagem.

Máquinas de Escrever: Um pouco de História

Histórias do Colecionador 
FERNANDO COSTA
Christopher Latham Sholes, inventor que deu início à indústria de máquinas de escrever. Sholes acreditava que sua invenção fora fundamental na emancipação feminina, pois possibilitou que a mulher ingressasse no mercado de trabalho dos escritórios.(Herkimer County Historical Society)

É difícil precisar quando a máquina de escrever foi "inventada"; e também é difícil precisar quando ela começou a ser fabricada. 


A primeira patente para uma máquina de escrever foi concedida na Inglaterra para Henry Mills em 1713. Não havia detalhes sobre a máquina em si ou sobre exemplares fabricados, portanto ainda paira a dúvida se a patente foi concedida realmente para uma máquina de escrever. 
Segundo o historiador Michael Adler, a primeira máquina de escrever documentada foi fabricada por um nobre italiano chamado Pellegrino Turri por volta de 1808. Ele fabricou um artefato para que uma amiga, cega, pudesse se corresponder com ele. A máquina em si já não existe, mas algumas das cartas sim.  
Mechanical Typographer, inventado por John Jones.
(Milwaukee Public Museum)
Outras patentes importantes foram concedidas aos norte-americanos John Burt em 1829 e Charles Tubber em 1843, ao italiano Giusseppi Ravizza em 1855 e ao austríaco Peter Mitterhoffer em 1864.
Burt Typographer; a primeira máquina de escrever americana (London Science Museum, foto Bob Moran)
Mitterhoffer, toda feita em madeira
(Dresden Technical University, Dresden, Alemanha)
Nessa época surgiram muitos inventores e protótipos, incluindo a máquina brasileira inventada pelo padre Francisco Azevedo em 1861.
Essa máquina foi apresentada na feira Internacional de Recife daquele ano e gerou muito interesse.
Maquina do Padre Azevedo
(Escritório de Patentes do Brasil)
Infelizmente, nunca chegou a ser fabricada em série e o protótipo que aparece na ilustração foi destruído.
A primeira máquina realmente produzida em série e utilizada em diversos escritórios, foi sem dúvida a Skrivekugle, ou Malling Hansen.
Foi inventada e desenvolvida pelo Pastor Johan Rasmus Malling Hansen, da Dinamarca, diretor do Instituto Para Cegos e Surdos de Copenhagen.
Skrivekugle ou Malling Hansen. Fabricada na Dinamarca em 1870, é a primeira máquina a ser produzida em série.
Danmarks Tekniske Museum, foto Jan Slot-Carlsen
Em 1865 foi produzido o primeiro modelo, que se destacava por uma semi-esfera, onde as barras de tipo eram colocadas de forma radial, a tecla em uma ponta e o tipo na outra, todos convergindo para um único ponto onde ocorria a impressão. A ação de imprimir era direta e livre, sem nenhuma das ligações e conexões que tanto atrapalharam as máquinas rivais.  Após diversos aprimoramentos, chegou-se ao modelo da ilustração acima; é uma máquina maravilhosa, precisa e infinitamente superior a muitas das máquinas que a sucederam. Já naquela época apresentava uma série de características que só viriam surgir muito depois nas outras máquinas: retorno do carro automático, avanço de linha automático, barra de espaço e índice para parágrafos, campainha para sinalizar fim da linha, reversão da fita e escrita semi-visível, bastando levantar-se o carro. Os tipos e símbolos eram esculpidos individualmente na extremidade das barras pelos artesãos da época. Algumas centenas dessas fascinantes máquinas foram produzidas, e conhece-se aproximadamente 30 exemplares que sobreviveram, a maioria em museus. Estima-se que aproximadamente 6 ou 7 estejam em coleções particulares.
 Se a Malling Hansen foi a primeira máquina a ser produzida em série, a Sholes & Glidden foi a máquina que deu início à indústria da máquina de escrever.
A história desta máquina inicia-se em 1868 quando Christopher Latham Sholes desenvolveu a idéia que serviu de fundamento à indústria de máquinas de escrever. Trabalhando com um grupo de amigos em uma oficina primitiva em Milwaukee, nos EUA, Sholes criou, 5 anos mais tarde, uma máquina que foi apresentada aos famosos fabricantes de armas Remington & Sons, de Ilion, Nova York.  Carlos Glidden era um associado de Sholes e detinha participação no empreendimento, e foi assim que teve seu nome associado à máquina Sholes & Glidden. As primeiras máquinas começaram a ser fabricadas em 1874 pela Remington; tinham sua própria mesa e eram decoradas com motivos florais e detalhes dourados. Pareciam um pouco com as máquinas de costura da época, influência, sem dúvida, do departamento de máquinas de costura da Remington. O objetivo da decoração era apresentar um produto com uma aparência agradável.
A Sholes & Glidden escrevia somente em maiúsculas, e as barras moviam-se de baixo para cima. Para ver o que estava sendo escrito, era necessário levantar o carro.
 Uma curiosidade desta máquina: Sholes foi o responsável pelo teclado QWERTY.
O nome foi dado porque essa é a sequência das primeiras letras da fileira de cima do teclado. O teclado QWERTY continua presente até hoje nos teclados de computadores.
A razão para a escolha deste teclado é muito prosaica: dentro da máquina, as barras de tipo operavam muito perto umas das outras, podendo colidir e emperrar.
Para evitar ao máximo o problema, Sholes analisou as palavras mais utilizadas na língua inglesa e dispôs as barras dentro da máquina a fim de minimizar a probabilidade de colisão.
Sholes & Glidden não foi um sucesso imediato; era cara e apresentava problemas; além do mais, era hábito da época que as cartas fossem escritas à mão.
Pouco a pouco, surgiram os primeiros operadores destas máquinas, mulheres principalmente. Foi assim que a máquina de escrever contribuiu enormemente para o ingresso das mulheres no ambiente de trabalho nos escritórios.
Aproximadamente 5.000 Sholes & Glidden foram fabricadas; o modelo inicial com flores e decorações foi substituído por um modelo preto com decoração mais sóbria. Em 1878 a Remington lançou a Remington 2, com inúmeros aperfeiçoamentos, inclusive dotada de mecanismo que possibilitava datilografar maiúsculas e minúsculas. A máquina era eficiente e durável e, após um início incerto, as vendas finalmente decolaram, atraindo então o interesse de outros fabricantes; a concorrência apareceu e a indústria de máquinas de escrever instalou-se.
Um aspecto fascinante do desenvolvimento das máquinas de escrever é o relacionado às patentes. Como os concorrentes não podiam infringir as patentes registradas, tinham de inventar características especiais para que fossem patenteadas.
Esse fato explica a enorme variedade  de tipos de mecanismos das máquinas de escrever. É  fascinante observar essa variedade e analisar essa evolução.
Tanto a Malling Hansen quanto a Sholes & Glidden são máquinas extremamente desejadas pelos colecionadores. 
Cartão postal do início do século XX; a palavra typewriter, à época, significava tanto “máquina de escrever” como “datilógrafa”. O título, portanto, “Ocupado com uma typewriter”, é de duplo sentido e um exemplo do humor da época.
Dados do Autor:
 Fernando Costa 
Sua coleção de máquinas de escrever
 antigas está localizada em São Paulo, SP.
Tem em torno de 100 
máquinas, a mais antiga de aproximadamente 1870.
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